1ª Série

quarta-feira, 14 de maio de 2008

EXEMPLO DE TESTEMUNHO E COMPETÊNCIA

Podemos Observar Nesta Matéria a Importância de Incentivarmos os Nossos Jovens Para Influenciar o Mundo

Kaká, Influente, Competente e um grande Testemunho de Vida Cristã

Único brasileiro a integrar a lista da revista Time das 100 pessoas mais influentes do mundo, o jogador de futebol Kaká é o que Ronaldo vem deixando de ser: atleta consagrado, modelo de bom moço e garoto-propaganda perfeito. Aos 26 anos de idade, o meia-atacante do Milan, o mesmo clube de Ronaldo, é também o atual detentor de dois títulos que antes pertenceram ao "Fenômeno": o de melhor jogador do mundo e o de jogador mais bem pago do planeta – seu salário é de 14 milhões de dólares por ano. Sua presença na lista da Time – encabeçada pelo líder religioso Dalai-Lama – deve-se ao fato de ele ser um "jogador completo" e, além disso, preocupar-se com o mundo e com as causas sociais, conforme escreveu o goleiro americano Kasey Keller, que assina o perfil do jogador na revista. No texto, Keller diz que "é possível questionar se é correto divulgar mensagens religiosas dentro de campo", como faz Kaká, que é evangélico e gosta de jogar vestindo camisetas com a inscrição "Deus é fiel" – mas, ao menos, continua o goleiro, "Kaká tenta causar um impacto positivo no mundo, num tempo em que os jogadores estão mais ligados a carros, mulheres e polêmicas". Ativista de causas sociais e, desde 2004, o mais jovem embaixador contra a fome da ONU (outra vez, um título de Ronaldo), Kaká é fervoroso seguidor da igreja Renascer em Cristo, liderada pela bispa Sonia, atualmente presa nos Estados Unidos. Nascido em Brasília, ele iniciou sua carreira no juvenil do São Paulo aos 15 anos de idade. Franzino, media 1,63 metro e pesava 50 quilos nesse tempo. Por iniciativa do clube, submeteu-se a um tratamento que incluía pesados treinos físicos e uma rigorosa dieta para compensar o que foi diagnosticado como atraso no seu desenvolvimento ósseo. Hoje, mede 1,86 metro e tem 83 quilos. Sua carreira por pouco não terminou antes de começar. Em 2000, ao mergulhar em uma piscina na casa da avó, em Goiás, bateu a cabeça no fundo e fraturou a sexta vértebra da coluna – uma lesão que poderia tê-lo deixado paraplégico. Recuperado, despontou como craque ao fazer dois gols contra o Botafogo na decisão do torneio Rio x São Paulo. Seu desempenho nos campeonatos nacionais nos anos seguintes rendeu-lhe a convocação para a Copa do Japão, em 2002. Kaká jogou apenas vinte minutos, mas chamou a atenção do mundo. Desde que foi vendido para o Milan, por 8,5 milhões de dólares, em 2003, o meia-atacante é titular absoluto e ídolo no clube italiano. Foi peça fundamental na conquista da Liga dos Campeões da Europa, na qual se sagrou artilheiro com dez gols, e do Mundial Interclubes do ano passado. O ano de 2007 foi pura glória. Além da eleição da Fifa, faturou o prêmio de melhor da Europa e o título de melhor do mundo da Federação Internacional de Futebolistas Profissionais. Se a carreira de Kaká lembra a de Ronaldo, não há traço de semelhança entre os jogadores no que diz respeito à vida pessoal. Ao contrário do irrequieto Fenômeno, o pacato Kaká não bebe, não fuma, não freqüenta boates e nunca foi visto em farras. Aguarda para este mês o nascimento de seu primeiro filho, fruto do casamento com a socialite e também evangélica Caroline Celico – que namorou por três anos e com quem, garante, se casou virgem.

Manuel Raposo
Agente Público e Bacharelando em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo - UMESP

fonte: Revista Veja, Edição 2059, 7 de maio de 2008

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